greenhouse
CREOLE GARDEN
Greenhouse proposes the construction of a Creole Garden inside Palazzo Franchetti referencing the private plots tended by enslaved people as acts of resistance and sources of nourishment – the antithesis of monocultural plantation. Densely planted and richly biodiverse, the ‘Creole garden’ fosters a discursive space of possibility, multiplicity, liberation and survival. Likewise, Greenhouse’s Creole Garden will host a broad program of interdisciplinary and transformative actions. It will be made up of plants drawn from tropical botany, and cultivated according to permaculture and syntropic agriculture principles. The garden will be activated, resistance, fabrications and speculations, where the various identities of the curatorial, visual, choreographic, transmitting and militant research bodies merge to form a migrant body-ground.
LIVING ARCHIVE | SCHOOLS | ASSEMBLIES
The curatorial interventions and the public programme blend into a complex collective creation. The art work is a space for action, sharing, interaction; it is an instigator of discussion and movement. The creation of a living archive with the development of a school, performative actions and a web of encounters between artists, publics, and communities, within a constantly growing garden, aims at fostering spaces for fantasy, imagination, new stories and critical fabulations.
JARDIM CRIOULO
Greenhouse propõe a construção de um Jardim Crioulo no interior do Palazzo Franchetti, referenciando as plantações privadas cultivadas por pessoas escravizadas como actos de resistência e fontes de alimentação - uma antítese da plantação monocultural. Densamente plantado e repleto de biodiversidade, o "jardim crioulo" promove um espaço discursivo de possibilidade, multiplicidade, libertação e sobrevivência. Do mesmo modo, o jardim crioulo da Greenhouse acolherá um vasto programa de ações interdisciplinares e transformadoras. Será composto por plantas provenientes da botânica tropical e cultivadas segundo os princípios da permacultura e da agricultura sintrópica. O jardim crioulo é simultaneamente produto e processo. Será ativado como um arquivo vivo, um espaço educativo, um palco de gestos, movimentos e acções, resistências, fabricações e especulações, onde se fundem as várias identidades dos corpos de pesquisa curatorial, visual, coreográfico, transmissor e militante, se fundem para formar um corpo-solo migrante.
ARQUIVO VIVO | ESCOLAS | ASSEMBLEIAS
As intervenções curatoriais e o programa público misturam-se numa criação coletiva complexa. A obra de arte é um espaço de ação, de partilha, de interação, é um instigador de discussão e movimento. A criação de um arquivo vivo com o desenvolvimento de uma escola, ações performativas e uma teia de encontros entre artistas, públicos e comunidades, num jardim em constante crescimento, tem como objetivo fomentar espaços de fantasia, imaginação, novas histórias e fabulações críticas.
Mónica de Miranda is a Portuguese visual artist, film-maker and researcher of Angolan ancestry, whose interdisciplinary and research- based practice takes a critical look at the convergence of politics, gender, memory, space and history. Her work encompasses drawing, installation, photography, film and sound, on the boundaries between documentary and fiction. Mónica investigates strategies of resistance, geographies of affection, storytelling and ecologies of care. She has a degree in Visual Arts and Sculpture from Camberwell College of Arts (London) and a PhD in Artistic Studies from Middlesex University (London). She is the founder of Hangar (2014), an art and research center in Lisbon. Hangar’s programmes provide spaces where artists, curators and researchers, mainly from the global south, can co-create and build social and creative networks to benefit their communities.
Her work has been presented at major international events such as: Colomboscope - Contemporary Art Festival 2024; 6th Lubumbashi Biennale; 12th Berlin Biennale; 12th Dakar Biennale; 5th Biennale Internationale de l’Art Contemporain de Casablanca; Bamako Encounters – 13th African Biennale of Photography; 14th Venice Architecture Biennale; BIENALSUR 2021; Houston FotoFest 2022; 18th Fotografia Europea, Reggio Emilia 2022; Addis Photo Fest 2016; Bienal São Tomé 2013;
Selected solo and group exhibitions include: CAIXA Cultural, Rio de Janeiro; Bildmuseet, Umeå; Gulbenkian, Lisbon; MUCEM, Marseille; AfricaMuseum, Tervuren; MAAT, Lisbon; MUAC, Mexico City; Barbican, London; Autograph, London; Frac des pays de la loire, Nantes; Uppsala Museum, Sweden; MNAC, Lisbon; Camões Institute, Luanda, among others.
In 2019, she was nominated for the EDP New Artists Award at the MAAT Museum (Lisbon) and, in 2016, she was nominated for the Novo Banco Photography Prize, exhibiting her work at the Museu Coleção Berardo (Lisbon) as a finalist. She won the Idealista Award for Contemporary Art in 2023 and she is a recipient of the Soros Arts Fellowship 2023 - Art, Land and Public Memory, as well as the Exposed Photography Grant 2024.
Mónica de Miranda é uma artista, pesquisadora, curadora e diretora artística, cuja prática baseada na investigação aborda de forma crítica a convergência entre política, género, memória, espaço e história, através da arqueologia urbana e geografias afetivas. Trabalha de forma interdisciplinar com desenho, instalação, fotografia, cinema, vídeo e som, em suas formas expandidas e nas fronteiras entre ficção e documentário.
É investigadora principal do grupo de pesquisa “Pós-arquivo” no Centro de Estudos Comparatistas, Faculdade de Letras. Fundou em 2014 o projeto Hangar – Centro de Investigação Artística, em Lisboa, assumindo a direção artística do mesmo desde a sua constituição.
Durante a sua carreira artística publicou várias edições. As suas exposições incluem: RE/SISTERS (Barbican, 2023); Art Basel (Hong Kong, 2023); Construir o Tempo (Centro Cultural Camões, Luanda, Angola, 2022); Mirages and Deep Time (Galeria Avenida da Índia, Lisboa 2022); Berlin Biennale (2022); no longer with the memory but with its future (Oratorio di San Ludovico de Nuova Icona, Biennale de Veneza, Itália 2022); The Island (Autograph, Londres, 2022); Europa Oxalá (Fundação Gulbenkian, Lisboa, Mucem, França, 2022); Thinking about possible futures (Biennale del Sur, 2021); African Cosmologies, Houston Fotofest (2020); Tales from the water margins (BiennaleInternationale de l'Art Contemporain de Casablanca,2018); Taxidermy of the future(Bienal De Lubumbashi,2019); Arte Contemporânea Africana e Estética das Traduções (Bienal de Dakar, Senegal, 2016); Addis Foto Fest (Adis Abeba, Etiópia, 2016); Hotel Globo (Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal, 2015); Ilha de São Jorge (14a Bienal de Arquitetura de Veneza, Itália, 2014); Line Trap (Bienal de São Tomé e Príncipe, 2013). Foi curadora das exposições "Affective Utopia" (Kadist, Paris, França, 2019) e "Deep Blue", no âmbito da Bienal de Fotografia do Porto 2023 (Triplex, Porto, Portugal, 2023). Em 2019, foi nomeada para o Prémio EDP no Museu MAAT (Lisboa, Portugal) e, em 2016, foi nomeada para o Prémio de Fotografia Novo Banco, expondo no Museu Coleção Berardo (Lisboa, Portugal) como finalista. Ganhou o prémio Idealista para Arte Contemporânea em 2023, e é beneficiária da bolsa Open Society Arts Fellowship 2023 - Art, Land and Public Memory.
Sónia Vaz Borges is a militant interdisciplinary historian and social- political organizer. She received her PhD in History of Education from the Humboldt-Universität zu Berlin (HU). She is the author of the book, Militant Education, Liberation Struggle, Consciousness: The PAIGC education in Guinea Bissau 1963–1978 (2019). As a result of her research Vaz Borges co-authored the short films,Navigating the Pilot School (2016) and Mangrove School (2022). In collaboration with Tricontinental: Institute for Social Research, she wrote a condensed version of her book on Militant education (2019) for an activist audience. This commissioned work was written and published under the title The PAIGC’s political education for liberation in Guinea Bissau, 1963-1974 (2022), and it was translated to Portuguese and Spanish language. Together with Léopold Lambert, she was responsible for co-editing the 49th issue of the magazine The Funambulist. Politics of Space and Bodies, entitled Schools of the Revolution: Radical Education and Pedagogies Around the World (2023).
Her academic, militant, and collaborative artistic work has been presented internationally, including at the Haus der Kulturen der Welt (Berlin); Escola das Artes in Porto; Mbonji 67; Coimbra Biennial; Hangar; The Funambulist; Sharjah Architecture Triennial; Cooper Union; Harvard University, among others.
She is currently an Assistant Professor of History and in the Africana Studies Program at Drexel University in Philadelphia (USA). Vaz Borges’s book Ragás Because the sea has no place to grab, A memoir of home, migration, and African liberation is expected to be released in June 2024, published by the Philadelphia-based publishing house Common Notions.
Sónia Vaz Borges, define-se como Historiadora Interdisciplinar Militante e organizadora social e política de longa data. Nascida e criada em Portugal, filha de imigrantes Cabo-Verdianos em Portugal durante o período de ocupação colonial, Vaz Borges, desenvolveu desde cedo uma curiosidade pelas histórias silenciadas das lutas de libertação e movimentos sociais no mundo, assim como pelo internacionalismo e solidariedade. Centra a sua investigação neste campo, em relação com a história da educação, da memória, do espaço, arquitectura e construção, através da prática de investigação e escrita anticolonial, decolonial e militante.
O seu percurso académico e a sua carreira de investigação desenvolveu-se em três universidades públicas internacionais - Lisboa, Berlin, Nova Iorque. Licenciada em História Moderna e Contemporânea na vertente Política e Relações Internacionais pelo ISCTE, concluiu o seu Mestrado na Faculdade de Letras de Lisboa em História de África. Em 2016 recebe o doutoramento em História da Educação pela Universidade Humboldt em Berlin, e conclui o Pós-doutoramento no Center for Place, Culture and Politics no Graduate Center em Nova Iorque, sob o tema "Consciência e Revolução". O seu trabalho académico é feito em paralelo com o trabalho militante. Entre 2007-2011, através da Associação Encontros, juntamente com Eduina Vaz edita os Cadernos Consciência e Resistência Negra.
Vaz Borges, é também autora dos livros "Na Pó di Spéra. Percursos nos Bairros de Santa Filomena, Encosta Nascente e Estrada Militar" (2014), publicado pela Fundação Calouste Gulbenkian; Militant Education, Liberation Struggle, consciousness: The PAIGC education in Guinea Bissau 1963-1974 (2019), publicado pela Peter Lang.
Em colaboração com o Tricontinental: Institute for Social Research, escreveu uma versão condensada do meu livro sobre Militant Education (2019) para um público ativista. Este trabalho encomendado foi escrito e publicado sob o título The PAIGC’s political education for liberation in Guinea Bissau. 1963-1974 (2022), e foi traduzido para português e espanhol. Juntamente com Léopold Lambert, foi convidada responsável pela co-edição do número 49 da revista, The Funambulist. Politics of Space and Bodies, com o titulo Schools of the Revolution. Radical Education and Pedagogies Around the World (2023)). Vaz Borges é co-autora de duas curtas-metragens, Navigating the Pilot School (2016) e Mangrove School, que foram inspiradas na sua investigação.
O seu trabalho, académico, militante e de colaboração artística tem sido apresentado internacionalmente, entre eles contam-se, a Haus der Kulturen der Welt (Berlin); Escola das Artes no Porto; Mbonji 67; Bienal de Coimbra; Hangar; The Funambulist, Sharjah Architecture Triennal, Cooper Union, Harvard University, entre outros. Vaz Borges, é atualmente professora na Universidade de Drexel em Filadélfia, no departamento de História e Africana Studies. O seu próximo livro "Ragás Because the sea has no place to grab. A memoir of home, migration, and African liberation" está previsto ser lançado em junho de 2024, publicado pela editora Common Notions, sediada em Filadélfia
Vânia Gala is a choreographer and researcher. She is the Course Leader of MA Expanded Dance Practice at the London Contemporary Dance School. She received her PhD from Kingston University, funded by a university scholarship.
Her interests lie in experimental practices with an emphasis on notions of refusal, choreo-thinking, fugitivity, improvisation(s), black (non) performances, negotiation, dissensus, hospitality and value. Collaborations as a dancer have included Belgium company Les Ballets C. de La B., Constanza Macras, Dina13 and B.Valiente Kompani.
As a choreographer, she has collaborated with contemporary artists Sonia Boyce, Harold Hoffeh and the Portuguese theater company Griot.
Recent performative works include Give & Take (Tate Modern), Mesa para Práticas de Pernas para o Ar in Fundação Calouste Gulbenkian and Tramway (UK) and Farmácia Fanon in Culturgest. In 2019 she was awarded Best Choreography by Theatre Guide (Portugal). In 2005 she was awarded Best Female Performance at Dublin Fringe. She was part of Aerowaves (London) – and of the Triennial of Luanda. Gala is a co-convenor of the Theater, Performance and Philosophy group of the Theater and Performance Research Association. In addition, she has been appointed Artistic anchor and curatorial advisor of Manifest, a project funded by Creative Europe.
Vânia Gala é coreógrafa e investigadora. É directora de curso do MA Expanded Dance Practice na London Contemporary Dance School. Recebeu o seu doutoramento da Universidade de Kingston, financiado por uma bolsa universitária.
Os seus interesses residem em práticas experimentais com ênfase nas noções de recusa, pensamento coreográfico, fugacidade, improvisação(ões), (não)performances negras, negociação, dissenso, hospitalidade e valor.
As suas colaborações como bailarina incluem a companhia belga Les Ballets C. de La B., Constanza Macras, Dina13 e B.Valiente Kompani.
Como coreógrafa, colaborou com os artistas contemporâneos Sonia Boyce, Harold Hoffeh e a companhia de teatro portuguesa Griot.
Trabalhos performativos recentes incluem Give & Take (Tate Modern), Mesa para Práticas de Pernas para o Ar na Fundação Calouste Gulbenkian e Tramway (UK) e Farmácia Fanon na Culturgest. Em 2019 foi galardoada com o prémio de Melhor Coreografia pelo Guia de Teatro (Portugal). Em 2005 recebeu o prémio de Melhor Performance Feminina no Dublin Fringe. Fez parte do Aerowaves (Londres) - e da Trienal de Luanda.
Gala é co-convocadora do grupo de Teatro, Performance e Filosofia da Associação de Investigação em Teatro e Performance. Além disso, foi nomeada âncora artística e conselheira curatorial do Manifest, um projeto financiado pela Europa Criativa.